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Um dia às Mulheres...

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Mulheres..... Quanto já lhes foi negado ao longo da história da humanidade. Quanto já lhes foi negado simplesmente por sua condição. Quanto já lhes foi desacreditado em suas funções. Quanto sofrimento já lhes foi infligido. Tudo isso em oposição a tudo quanto de benéfico foi realizado por vocês.  Mulheres.... de quantas revoluções necessitais para que o mundo vos olhe, vos enxergue e vos admire com a devida justiça?  Não somente os filhos, os maridos, os irmãos, os pais..... Não somente os homens, vocês também devem continuamente produzir a devida consciência sobre seu papel no mundo, sobre sua função na sociedade e sobre sua condição de mulher.  A essência daquilo que vos constitui perpassa pela consciência de saber quem se é. Que a história moderna não seja maculada por ter lhes negado mais nada, nem direitos, nem voz, nem o devido respeito, algo que justifica toda homenagem do mundo inteiro.  Bençãos e felicidade a todas as mulheres do mundo.

O instante e o Eterno

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"... eu canto, porque o instante existe..." (Cecília Meireles) Feliz como o Vento que sopra onde quer. Centrado como a rocha que a tudo assiste sem se abalar. Inconstante como somente o homem sabe e pode ser. Somos seres fantasticamente brilhantes, pois para todo o tédio construimos uma alternativa. Somos humanos em tudo e por inteiro.

Enxergar com a Essência

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O olhar de quem já enfrentou seus dramas pessoais, suas demandas existenciais enxerga melhor e mais longe porque ver além daquilo que lhe mostram seus órgãos da visão. Tal olhar suplanta a força física dos demais e o intelecto da maioria. Ulisses, na Odisséia (Homero), possuía o intelecto mais aguçado dentre os demais que com ele invadiam Tróia.   Do seu intelecto, sai a ideia do cavalo concedido aos troianos como “presente”. Esta mesma ideia garantiu a vitória dos gregos sobre os troianos. Quem possui semelhante olhar não teme o ato de arriscar, porque a engenhosidade de suas ideias desestrutura os padrões de pensamento e de percepção da maioria. “Embora o óbvio esteja ao alcance de todos, muitos poucos realmente percebem que os maiores mistérios se escondem no óbvio. Quem aprende a discernir o óbvio encontra-se no caminho da sabedoria. Quem não enxerga o óbvio, de nada lhe adianta toda a erudição do mundo” (Lao Tsé – “Tao Te King”, p. 201). Às vezes, “a inteligência fica cega de

Notas sobre Mito e Discurso filosófico-científico

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Pode-se construir uma “relação” entre mito e religião? Mito: narrativa de significação simbólica, transmitida de geração em geração dentro de um determinado grupo, e considerada verdadeira por ele (Aurélio) . “o mito se caracteriza pelo modo como estas explicações são dadas, pelo tipo de discurso que o constitui. O próprio termo grego mythos significa um tipo especial de discurso, o discurso ficcional ou imaginário”. (MARCONDES, 2010). Em toda religião, há mitos porque sempre há a tentativa de explicar “aspectos essenciais da realidade em [o povo] vive: a origem do mundo, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básicos” (Ibidem). Há que ter em mente que tanto há aspectos comuns entre religião e mito, o que os fundem em alguns momentos, como há aspectos fronteiriços que os separam. Uma característica do mito em especial é apresentada como elemento capaz de fundir mito e religião: “o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao

Notas sobre Mito e Discurso filosófico-científico (I)

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Tanto o discurso filosófico-científico quanto o mitológico fascinam os homens: aquele por causa do conhecimento que produz e agrega (associa), este, pela possibilidade da “relação” com uma divindade, pelo mistério e pela beleza do imaginário que apresenta. Contudo, o desenvolvimento da postura de insatisfação perante as explicações do mito e a iniciativa de investigar a realidade segundo outros critérios e métodos, não invalidam o discurso mitológico nem o torna desimportante, enquanto elemento de identidade. O que se dá é que aqueles que passam a explicar a realidade por meio do discurso (Logos) filosófico-científico, ainda que concebam certa metafísica, já não depositam crença no mito, ainda que continuem a fazer parte do mesmo grupo cultural. Todavia, uma vez que Explicar é tornar [algo] inteligível e claro (Aurélio), e levando em consideração o fato de que o mito “recorre (...) ao mistério e ao sobrenatural, ou seja, exatamente áquilo que não se pode explicar” (MARCONDES, 201

Pensando Melhor...

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Penso que é oportuno transcender a visão idealista da educação. Transcender a visão de uma escola salvadora, ideal. As pessoas não são ideais, são reais e vamos educar estas pessoas reais. Por natureza, somos seres de complexidade, seres que não são educados com manual de instrução, sobretudo, crianças e jovens.  Somos seres de múltiplas dimensões que convergem e conflituam-se entre si na caracterização de nós mesmos.   Se todos já tivessem atingido o estágio do ideal, não necessitavam mais de educação, de formação. Qual deve ser, portanto, a escola capaz de formar seres reais? No mínimo, ela deve ser uma escola possível.  Uma escola possível concilia os conceitos com o carinho, entrecruza os saberes com o respeito mútuo, faz convergir as potencialidades dos (a) estudantes na descoberta e na construção do conhecimento, a ferramenta que irar capacitá-los para serem autônomos, habilitados para gerir suas próprias existências numa sociedade marcada por profundos preconceitos.  Esta